quinta-feira, 30 de junho de 2011

CENSOS 2011: SOMOS 10.555.853 RESIDENTES (+ 199.000 DO QUE EM 2001)

O Instituto Nacional de Estatística já publicou os dados preliminares dos Censos de 2011, e segundo estes, actualmente, somos 10.555.853 pessoas residentes (47,86 % do sexo masculino e 52,14 % do sexo feminino),  o que equivale a  aproximadamente mais 199 mil do que em 2001.
Constata-se que, a  população residente cresceu 1,9%. Foram registadas 4.079.577 famílias, com uma média de 2,6 pessoas (11,65 %).

Lisboa, com 2.244.984 habitantes é o distrito com mais população (21,26 % do total da população residente em Portugal) seguindo-se o distrito do Porto com um aglomerado populacional de 1.816.045 habitantes,  Setúbal (849.842) e Braga (848.444). Estes 4  distritos somam 54,56 % do total de residentes.

Dados do distrito de Bragança
-136.456 pessoas residentes, 48,22 % masculinos e 51,78 % femininos;
-55.779 famílias.
-Dimensão média familiar 2,4 pessoas.
-100.667 alojamentos.
-84.442 edifícios.
Nota: Segundo os Censos de 2001, o distrito de Bragança possuía nessa data  148.88 residentes. Os dados agora divulgados relatam a preocupante perda de 12.427 habitantes (8,35%).

Dados do Município de Mirandela
-23.913 pessoas residentes, 47,73 % masculinos e 52,27 % femininos;
-9.490 famílias.
-Dimensão média familiar 2,5 pessoas.
-14.889 alojamentos.
-11.525 edifícios.

Nota: Segundo os Censos de 2001, o concelho de Mirandela possuía nessa data  25.819 residentes. Os dados agora divulgados mostram a perda,  em 10 anos,  de 1.906 residentes (7,38%), facto que merece o nosso sublinhado e preocupação, tendo em conta, especialmente que, o nosso concelho já contou (num passado ainda bem recente) com mais de 30.000 habitantes.Saiba mais »».



domingo, 19 de junho de 2011

DIVIDOCRACIA (Debtocracy)

    Terá o cidadão comum alguma responsabilidade na crise financeira que está a asfixiar os países periféricos da Europa? 
    Não é essa a ideia que nos querem fazer crer? A ideia de que todos temos responsabilidades neste processo que está a asfixiar as pessoas na Grécia, na Irlanda, em Portugal, em Espanha e em tantos outros países do "mundo moderno"? 
    Veja este documentário  que revela a crise económica e social pela qual passam muitos desses países,  e depois reflicta, faça o seu juízo sobre a quem pertencerá a verdadeira responsabilidade dos maus tempos que atravessamos.

Debtocracy International Version por BitsnBytes

Veja o documentário legendado em português: passe o cursor sobre o vídeo e clique no ícon "CC" (que surge na parte superior do vídeo) e a seguir escolha a opção "PT". Pela boa qualidade deste vídeo recomendamos a opção por "tela cheia"(ecran inteiro).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

CHURRASCADA E SARDINHADA DO VERÃO, 2 DE JULHO, 20H00

 No dia 02 de Julho próximo, Sábado, a partir das 20h00 (fim da tarde), tempo "ainda" dos Santos Populares, teremos uma churrascada e sardinhada (lanche / jantar).

Churrasco de carnes de porco, sardinhas, caldo verde, bebidas,  etc. etc., isto é, "na forma do costume"! Agradecemos a todos (e contamos com todos) o favor de no-lo comunicarem com alguma antecedência para minimização de falhas! E quem não comunicar que venha também! Até lá!
 (clique na imagem para ampliar)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A "PARADELA" DOU-TA EU!


Por Zé dos Anjos.

A Maria Paradela era uma mulher de armas, à sua volta tudo bulia. Ao marido,  pedreiro,  mestre muito requisitado na arte de emparedar xisto, passaram-lhe pelas mãos as  pedras com que se construíram muitas daquelas já velhinhas casas que hoje vemos lá na aldeia e noutras aldeias em redor.

Aqui viveu a Maria Paradela
Por isso a Maria Paradela (“Paradela” porque veio da aldeia com esse nome quando se casou com o Chico) e, com tantas Maria na terra, assim a apelidaram, acrescentando ao nome próprio o seu lugar de origem. Pela quase constante ausência (obrigado pela profissão) do marido ela era o homem da casa (como se diz na nossa terra). Sete filhos, 4 rapazes e 3 raparigas. A lavoura, os bois... era preciso fazer girar tudo, e não era fácil dobrar aquela rapaziada turbulenta. A vida era dura, por isso não podia haver baldas para ninguém. Bastava sentir, ou só pressentir, os passos da Maria Paradela para tudo girar. Ainda o nascer do sol vinha longe já a Maria Paradela fazia soar a alvorada lá em casa.

Mas se a hora de levantar era cedeira, também a do recolher tinha de o ser!
Armando, rapaz alto, porte atlético, um tanto desastrado (a generosidade-força em pessoa), era um dos filhos  mais novos.  Eram recordadas as vezes que o moço se zangava com os bois e de olhar fixo, penetrante, os agarrava pelos cornos, olhava-os fixamente, olhos nos olhos,   testa  contra testa e  lhes berrava com voz grossa e firme, capaz de fazer tremer as pedras: Olhai que aqui quem manda sou eu, ouvistes?!

Estava uma noite o Armando na tasca da aldeia, chovia que Deus a dava, ansioso para ir para casa que a hora do recolher já lá ía  e a mãe não tolerava atrasos, não seria  até de estranhar se, de um momento para o outro, ela ali aparecesse à sua procura, e isso, diga-se,  não convinha mesmo nada! Mas o raio da chuva não havia meio de parar e a ninguém apetecia sair com uma  zurbada daquelas. 

Vale de Juncal: Casa típica de xisto, em ruínas.
Será que a chuva está para parar? Questionavam ansiosos os presentes. “Ó Armando, chega aí à porta a ver se pára”, sugere um dos fregueses. O Armando, inquieto também para se ir embora, foi à porta,  olhou para o negro do céu de onde caía como caleiras (cada vez  chovia mais) e, perante a negativa,   exclamou: “E a paradela está boa” !. “Ah, meu malandro que a paradela  dou-ta eu !!! Soou, do escuro,  uma voz autoritária, qual oficial a reunir tropas.  Era a mãe,  a Maria Paradela que, no escuro da noite, sem chuva que a parasse, ali  estava ela à sua procura .
 
Grande mulher!


Nota do autor:  
Em homenagem à minha avó Maria Eugénia Alves (conhecida pela Maria Paradela)  e ao meu tio Armando.

terça-feira, 7 de junho de 2011

FESTA DA CEREJA EM ALFANDEGA DA FÉ

Alfândega da Fé
Cerejas

O evento, já com tradições, vai decorrer nos próximos dias 9 a 12 deste mês de Junho,  e tem como principal novidade, segundo noticia publicada no sitio de Internet da Câmara Municipal de Alfandega da Fé,  a possibilidade oferecida aos turistas de participar na apanha do fruto ao mesmo tempo que passeia a pé, de burro ou de carroça pelos trilhos existentes na vasta área de cerejal do concelho.
Promete ser diferente, para melhor...
Saiba Mais»»
Programa da Festa,Saiba Mais »»
Estudo sobre a produção de cereja, Fonte Ministério da Agricultura, Saiba Mais »»

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2011

Conhecidos os resultados finais do acto eleitoral de 5 de Junho, tudo indica que Pedro Passos Coelho vai ser o próximo primeiro ministro de Portugal. O PSD (com 38,63% dos votos) deixou o PS(com 28,05% dos votos)a mais de 10% de distância e pode formar governo com o CDS/PP (11,74% dos votos) obtendo com estes uma maioria absoluta na Assembleia da República.
CONSULTE OS RESULTADOS ELEITORAIS»»

sexta-feira, 3 de junho de 2011

SAIBA O SEU NÚMERO DE ELEITOR E A FREGUESIA ONDE VOTAR

A Direcção Geral da Administração Interna disponibilizou um sítio de Internet onde pode conhecer o seu número de eleitor e a freguesia (ou distrito consular) a que pertence.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

FETCHE FASSA FABOR

Por Zé dos Anjos.

Ainda punha a biqueira do desbotado sapato na soleira da porta e ainda ao nariz não me  haviam chegado aqueles aromas a tinto e aguardente tão característicos da Tasca do Ti Manuel da Fonte e já ouço, vindo lá de dentro,  o vozeirão roufenho do Chico Molas: Ó SSilba, fetche fassa fabor!

Lá ía também a D. Ricardina, de sorriso forçado, procurando cativar simpatias para eleição do próximo regedor da freguesia,  em passo tipo robocock na direcção ao balcão,  e também: Ó SSilba, fetche fassa fabor!!! E a máquina de calcular mental do Silva: 0,50 € mais 0,35 €, são 85 centimos D. Ricardina.

Isto começou já lá vão umas décadas.
Longe vão esses tempos em que lá  na terrinha se colhia, em vastas searas,  o trigo e o centeio. A cada início de Verão as aldeias do concelho  eram invadidas por grupos de segadores, vindos de outras regiões,  à procura de ganhar umas "jeiras", já que as condições de vida eram particularmente difíceis e as pessoas como menos recursos tinham de agarrar-se aos trabalhos mais árduos.

O Silva, jovem vivaço, letrado para a época,  4.º ano feito e a caminho de fazer o 5.º  lá no liceu da vila (e não ía parar por alí), dizia-se também que não só gostava da escrita como também das contas. Rapaz de boas vontades, muitas cartas ele escreveu às velhotas da aldeia, para o filho na África ou  para o irmão do Brasil, etc.! Era o orgulho do pai, Manuel da Fonte.

Um dia, andava lá na terra um  rancho de segadores. Um deles, rapaz novo, cara vermelha e olho vivo,  recomendado por uma vizinha vai ter com o Silva para este fazer-lhe o favor de  escrever uma carta à namorada. Claro que o Silva apressou-se a dizer que sim! Ai não, ora, ora, carta à namorada!!! Ah, Ah!, o Silva, malandreco,  esfrega a mãos,  já aguçando a curiosidade quanto às confidencias, saudades e sabe-se lá que segredinhos mais o rapaz iria mandar dizer à namorada.
Folha de papel na frente, caneta de aparo apontada à primeira linha. Pode começar, diz ansioso o Silva:
Meu amorzinho...
Sim, continue, manda o Silva.
... ca stou, cá m’acho....
Já está, mais...,  pede o Silva.
... enquanto por cá andar....
Sim...,
... sou sempre o mesmo”.
Já escrevi, continue... continue…, diz o Silva cada vez mais ansioso.
Fetche fassa fabor!
Como? Perguntou o Silva.
Fetche fassa fabor
Então, não escrevo mais nada, só isto...?
"Sim, Fetche fassa fabor!

Depois de muitos anos na cidade onde teve meritória vida profissional e acabadinho de ganhar a reforma, cá temos de o Silva de volta às origens!. Para se entreter, vai tomando conta da Tasca  que foi do falecido pai, agora transformada num moderno café, mas onde o tradicional tinto e a aguardente feita nos potes do Tonho do Freixo, não faltam nunca!. Não imaginais a cachola com que o Silva ficou quando um dia destes o Chico Molas apareceu  com esta na Tasca!.

E a moda pegou! “Fetche fassa fabor” ! De tal jeito que, daí para cá, lá na Tasca, é normal  os da casa, pedirem a conta berrando pró balcão:  Ó Sssilva, feche fassa fabor!


Nota do autor:  
Os factos e personagens deste texto são fictícias. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais é mera coincidência.