Com a chegada do frio é tempo da matança do porco, ainda um acontecimento em quase todo o país rural, tendo-se assumido como uma "tradição portuguesa" (leia mais).
Ainda não há muitos anos que, por cada casa de família das aldeias de Trás-os-Montes, havia pelo menos um porco para a matança. Nas casas mais abastadas matavam-se vários porcos. Dele dependiam, basicamente, muitas das refeições ao longo do ano. Para outros, eram ainda fonte de receita quando, após "cebado", se vendia algum animal. Com o debandar das populações das aldeias, hoje em dia as matanças são menos frequentes, pois a criação de porcos deixou de fazer parte dos costumes rurais e poucos são os que ainda resistem e são fiéis à antiga tradição.
No entanto, ainda há algumas aldeias, em que esta tradição se vai mantendo, sendo o dia da matança um acontecimento social e motivo de reunião da família.
Assim, "a matança do porco, embora sem a importância que teve outrora, continua a realizar-se no concelho de Mirandela, a qual obedece a um certo ritual. Realiza-se sobretudo nos meses de Dezembro e Janeiro quando o frio cria condições propícias para tal (...)A única diferença é que os porcos aparecem já mortos e esquartejados ao local do repasto" (Sitio de Internet da Câmara Municipal de Mirandela, Leia mais).
"Se queres ver o teu corpo, abre um porco" é um ditado popular muito conhecido nas regiões rurais.
Curiosidades da matança do porco:
- As mulheres e as crianças não deviam assistir à matança. As expressões de "coitadinho" influenciavam o matador. Também se pensava que o porco "encolhia o sangue".
- As mulheres com a menstruação não mexiam na carne, apenas podiam ajudar a fazer o almoço.
- No dia da matança eram distribuídos pelas casas dos vizinhos pratos com algumas variedades de carnes para que todos provassem da matança.
- Os pés e as orelhas eram comidos no Carnaval (com arroz de espigos de couve).
- Com a gordura (unto) que envolve os intestinos, depois de pisada com um maço de madeira juntando sal e colorau, fazia-se uma bola que envolta por uma membrana retirada da mesma gordura, servia para barrar o pão (quando ainda não havia manteiga).(Sitio de Internet da Câmara Municipal de Mirandela, Leia mais)
- No dia da matança eram distribuídos pelas casas dos vizinhos pratos com algumas variedades de carnes para que todos provassem da matança.
- Os pés e as orelhas eram comidos no Carnaval (com arroz de espigos de couve).
- Com a gordura (unto) que envolve os intestinos, depois de pisada com um maço de madeira juntando sal e colorau, fazia-se uma bola que envolta por uma membrana retirada da mesma gordura, servia para barrar o pão (quando ainda não havia manteiga).(Sitio de Internet da Câmara Municipal de Mirandela, Leia mais)
1 comentário:
Que ricos salpicões!!!!!!
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