quinta-feira, 25 de junho de 2009

PORQUE MORREM AS OLIVEIRAS EM TRÁS-OS-MONTES?


Organizações do sector atribuem a efeitos das geadas, mas há também quem fale em doença ou num vírus (in "Espigueiro, Central de Informações Regionais")
Quantifica-se em mais de 1.000 hectares a área de olival atingido e 200.000 oliveiras em produção foram "vitimizadas"!


Desde Novembro de 2007 que, nesta região, vimos assistindo à morte de muitos milhares de oliveiras.
Embora se atribua a causa às geadas extemporâneas ocorridas no princípio daquele mês de Novembro de 2007, o certo é que, algumas entidades atribuem também a causa a outras doenças ou, até, a vírus ainda não identificados.
Afirmam as entidades responsáveis e associações do sector da olivicultura que a área atingida é superior a 1.000 hectares de olival em produção, com mais de 200 mil oliveiras "vitimizadas".

É um cenário triste aquele que diariamente observamos, especialmente na nossa aldeia. Em vez de frondosos olivais, viçosas e "corpulentas" oliveiras, em vastas áreas (principalmente nos terrenos mais abrigados ou baixos), apenas vemos paus secos ou, ainda, alguns troncos cortados "pelas cruzes" tentando sobreviver!

Embora nos últimos anos tenham sido plantados muitos hectares de olival novo, com a morte de todas aquelas árvores em plena produção, verificamos uma estagnação na produção de azeitona nesta região, e assim em vez das expectáveis 120 mil toneladas por ano as últimas colheitas terão rondado apenas as 80 a 90 mil.
Todavia, estima-se que também do olival novo, mais de cinco mil hectares se perderam e as árvores mais velhas só produzirão dentro de aproximadamente cinco anos.

Tivemos conhecimento de que, a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro tomou recentemente a iniciativa de solicitar a especialistas académicos colaboração para estudar o caso, tendo, para o efeito, promovido parecerias com a Escola Superior Agrária de Bragança do Instituto Politécnico e a Universidade de Trás-os-Montes, no âmbito das quais, técnicos destas instituições do ensino superior "estão a avaliar a situação na tentativa de se descobrir a causa da mortandade."



Importa sublinhar, e para se poder avaliar da importância deste fenómeno, que estamos numa região onde se produzem dos melhores azeites do mundo tantas são as distinções com que este "nosso produto" tem sido distinguido e premiado por todo o mundo tal como temos o privilégio de constatar.
Oxalá sejam produzidas conclusões atempadas e não mais voltamos a assistir à morte generalizada de tantas tão nobres árvores.


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