segunda-feira, 14 de março de 2011

“Tomai lá e se ...”

Sábado, 12 de Março de 2011, sede da ACRA-EC, passavam uns minutos das 10 horas da noite. Recostados no velho sofá,  recuperando das labutas do dia, repousavam sonolentamente alguns dos nossos associados enquanto assistiam, com manifesto desinteresse, ao golo que o Vitória de Setúbal, já em tempo de “descontos”, acabava de marcar e com ele alcançar o empate (1-1) no jogo que disputava em Guimarães com o Vitória desta cidade. Outros faziam contas aos “trunfos” e aos pontos amealhados na mão de sueca que disputavam. Havia ainda os que sentados em frente aos PC’s viajavam pelos mundos que o Messenger e as várias redes sociais virtualmente permitem ou que, aproveitando os meios electrónicos aqui gratuitamente disponíveis, estudavam ou trabalhavam “online”, quando, porta dentro entrou o último visitante do dia, o sr. Nuno Canavez. A porta abriu-se accionada pelo braço pois as mãos vinham, como de costume, carregadas com dois sacos cheios de livros destinados às prateleiras da nossa biblioteca que, com gestos destes, vai ficando a cada dia mais recheada e mais rica, “Tomai lá e se houver alguém a procurar livros sobre algum tema que não tenhais dizei-me que eu mando-vo-los”, disse-nos!.

Entre os clássicos, infantis e científicos que desta vez nos deixou, merecem-nos destaque,  pelo quão de pessoal os mesmos contêm, dois volumes:

Nuno Canavez, As palavras da Amizade


Por altura de mais um aniversário do Nuno Canavez, um grupo de amigos resolveu "pregar-lhe uma partida", editando um livro em que foram reunidas algumas curiosas fotografias e diversos depoimentos de apreciação do trabalho e carácter do homenageado.”
A edição teve uma tiragem relativamente reduzida, por isso é nosso privilégio a posse de um dos exemplares. Obra em papel couché e ricas ilustrações, prefácio de Germano Silva, coordenação de José da Cruz Santos e conta com a participação, através de breves textos, de figuras notáveis como, entre outros, Luís Valente de Oliveira, Manuel Pina, Marcelo Rebelo de Sousa, António Navarro, José Manuel Pavão, Damião Ferreira, Gomes Fernandes, Ivo Caldeira, Jorge Braga, Júlio Couto, Luís Cabral, Mário Cláudio e  Rui Lage.
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A Cidade das Memórias, de Gomes Fernandes

"Descreve-se neste livro — tendo por personagem central um dos mais conhecidos alfarrabistas da Cidade — um quadro vivo do que foi a vida portuense na segunda metade do século XX, desde a movimentação política e social (suscitada pelas campanhas de Norton de Matos e Humberto Delgado), passando pelo quotidiano da população até às manifestações culturais e literárias que fizeram época e foram, porventura, um momento alto da afirmação invicta. A Cidade das Memórias não é apenas um romance. Ao leitor, esta obra surgirá, sobretudo, como um registo memorialista, quase documental, que nos faz reviver uma época histórica de tensões e paixões, também de brios e de brilhos, entrelaçando vivências e caracteres que denotam a mais funda idiossincrasia das gentes do Porto
  

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