quinta-feira, 13 de maio de 2010

À BEIRA DO PRECIPÍCIO OU COMO (NÃO) SE RESOLVE UMA CRISE ECONÓMICA

(Artigo de Opinião

...OU COMO (NÃO) SE RESOLVE UMA CRISE ECONÓMICA

Ainda há bem pouco tempo ouvíamos os dirigentes políticos nacionais "jurar a pés juntos" (como se diz na nossa terra) que, a  crise teria de ser vencida  com a redução da  despesa pública e o aumento da produtividade e não através do agravamento da "carga fiscal".  Avaliada a promessa pelo quão espremido está o nosso povo, ela até fazia todo o sentido.

Todavia, passados alguns dias  temos em mãos o cumprimento de tal "juramento" expresso num rol de brilhantes decisões - qual ovo de Colombo! - e a prova provada de como é fácil para os "tesoureiros nacionais" obter receitas. Com efeito, lemos - e ouvimos -  hoje que, Governo e PSD  terão chegado a um acordo sobre a  forma  de realizar receitas para reduzir o deficit das contas públicas:
- Aumento do IVA em 1% (todos iremos pagar mais 1% em tudo o que se consome desde os bens alimentares essenciais até aos medicamentos);
 Mas não é só IVA, o cocktail é servido completo. Aumento do IRS em 1% e 1,5% nos rendimentos da categoria A (Trabalho dependente) conforme os salários sejam superiores, ou inferiores,  a 2.375,00, respectivamente.
As maiores empresas,  vão ser sujeitas a uma "taxa crise", de 2,5%. sobre os lucros.
Com isto  espera o Governo \obter mil milhões de euros adicionais em receita!

Disto flui uma séria probabilidade: pode resolver uma problema financeiro imediato mas, com toda a certeza,  agravará a  médio (senão ainda a curto) prazo a situação económica do país. Oxalá esteja enganado.

Resta-me parafrasear o que há muitas dezenas de anos  um ilustríssimo homem de letras nacional escreveu:  "políticos são aqueles que nos tornam o presente atroz em nome de um futuro melhor"!

Um abraço,
Aníbal José de Sousa.

PS: Estas medidas, segundo os especialistas em questões de finanças públicas,  permitiriam apresentar uma proposta de redução do défice mais ambiciosa do que a assumida neste fim-de-semana, para 7%, em vez de 7,3% do PIB!

Nota:
O constante deste artigo expressa apenas a opinião do autor e não vincula a instituição que titula este blogue.

1 comentário:

Anónimo disse...

Infelizmente o autor não estava enganado!