sábado, 4 de julho de 2009

AINDA A LEI DA ÁGUA OU LEI DOS POÇOS, Despacho n.º14872/2009, de 2 de Julho

Com a publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 126, de 02 de Julho do Despacho n.º 14872/2009 terá o Governo reconhido a confusão e a polémica criada com a imposição do licenciamento dos poços e dos furos artesanais, vindo através deste Despacho a produzir orientação para “garantir uma correcta e homogénea aplicação da legislação em todo o País”.

As captações de águas subterrâneas particulares, nomeadamente furos e poços, com meios de extracção que não excedam os 5 cv, estão isentas de qualquer título de utilização, apenas devendo ser comunicadas à ARH nos casos em que o início da sua utilização seja posterior a 1 de Junho de 2007.(Despacho 14872/2009, ponto 2);

Depois de muitas notícias que sobre este assunto temos lido merece-nos destaque a publicação deste Despacho, através dele, estabeleceram-se agora (a confusão decerto ainda não acabou) as normas para a utilização dos recursos hídricos públicos e particulares bem com quanto às obrigações de registo.
Consulte aqui o documento: Despacho n.º14872/2009

Da leitura deste normativo, transcrevemos:
1- (...)
2- As captações de águas subterrâneas particulares, nomeadamente furos e poços, com meios de extracção que não excedam os 5 cv, estão isentas de qualquer título de utilização, apenas devendo ser comunicadas à ARH nos casos em que o início da sua utilização seja posterior a 1 de Junho de 2007.

3- Não obstante o que é estabelecido no n.º 2, os utilizadores poderão a título voluntário comunicar à ARH a sua utilização, independentemente dessa comunicação não ser obrigatória, obtendo assim uma garantia de que não serão consentidas captações conflituantes com as suas e contribuindo para um melhor conhecimento e uma melhor gestão global dos recursos hídricos.

4- Não estão sujeitos ao pagamento de qualquer taxa administrativa o processo de legalização de uma utilização de águas subterrâneas particulares com meios de extracção superiores aos 5 cv ou a comunicação de uma utilização.

Recomenda-se, ainda, no ponto 6 do normativo, que as ARH mobilizem os “recursos humanos necessários para prestar as necessárias informações e apoiar a regularização de todas as situações que o requeiram, fazendo os protocolos de cooperação que se afigurem necessários com juntas de freguesia, associações de agricultores ou outras entidades consideradas relevantes.”

Depois da publicação de Leis, Decretos Leis, etc., etc., estes "vão-se guardando" (qual relíquia para memória futura!) porque afinal o que se cumpre, ou que terá de se fazer, não é o que das Leis ou Decretos Leis consta, mas sim o que os Despachos dirão, contínua a prevalecer o "Direito Despachatório" !!
Entretanto deixa-se instalar a confusão, a informação e desinformação até que lá surge o despacho a "dar o salto" por cima (com justiça ou sem justiça)e a resolver o problema!


Entretanto algumas notícias que por aí fomos lendo:

Em Mundo Portugues: Lei da água: Só quem tem furos e poços com motores com mais de cinco cavalos necessita de os declarar

Em O Publico: Só quem tem furos ou poços com motores de extracção muito potentes é que terá de os declarar

Em Capeia Arraiana: Ministro do Ambiente «secou» Lei dos Poços

Em Juros: "Lei dos Poços": Ministro garante que maioria não pagará taxa

Em Diário Jurídico:Licenças para poços, furos e minas V, A sequela continua..


Saudações Associativas.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

GASTRONOMIA: O RANCHO

RANCHO

"O prato rancho é típico da culinária portuguesa, sendo de origem da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.(...)O rancho é confeccionado com diversos ingredientes, entre os quais o toucinho, o chouriço, o chouriço de vinho, a farinheira, a couve, a massa (macarrão ou outros tipos), o grão, a batata e a cenoura. Os ingredientes são todos cozidos na mesma água, alternadamente. A água acaba por transformar-se num caldo, que deve ser abundante na altura em que o rancho é servido.." Em Wikipédia

Não percebemos nada, nada de culinária, confessamos. Todavia, ousamos, aliás, quisemos, aqui relembrar questões de culinária de âmbito popular, como tal, o “rancho” enquadra-se, em nosso entender, nesse espaço.

Ainda hoje, muitos dos nossos amigos, não dispensam, pelo menos uma vez por semana, ir comer o “ranchinho” ali ao tasco do lado ou ao restaurante habitual!

Procuramos a receita deste prato. Encontramos várias. Não sabemos qual a “melhor”, por isso deixamos 5 delas. Experimentem e digam da vossa justiça!


RANCHO (I)

· 250 GRS DE MASSA CORTADA OU DE MEADA
· 500 GRS DE GRÃO (CERCA DE 7,5 DL)
· 1 KG DE BATATAS;
· 500 GRS DE VITELA DE COZER
· 1 LINGUIÇA (CHOURIÇO DE CARNE)
· 200 GRS DE PRESUNTO
· 1,5 DL DE AZEITE
· 1 CEBOLA
· COLORAU
· MALAGUETA
· HORTELÃ
· SAL

Preparação:
Põe-se o grão de molho na véspera.
Descascam-se as batatas e cortam-se 2 ou 3 em cubos. As restantes cozem inteiras com os ingredientes citados, com excepção da cebola e dos temperos.
Entretanto, pica-se a cebola e aloura-se com o azeite. Quando todos os ingredientes estiverem cozidos, retiram-se as batatas inteiras, esmagam-se e voltam a introduzir-se na panela. Deita-se também na panela o refogado a ferver.

Tempera-se com sal, colorau e malagueta.
Retiram-se as carnes, cortam-se em bocadinhos e deitam-se outra vez na panela. Rectifica-se o tempero e junta-se a hortelã, ou cada um deita no seu prato um raminho.


RANCHO (II)

Ingredientes:
· 1/2 galinha
· 500 gr de carne de vaca de cozer (aba carregada)
· 500 gr de entrecosto
· 1 chouriço de carne
· 200 gr de toucinho entremeado
· 300 gr de grão
· 1 kg de batatas
· 4 cenouras
· 2 couves portuguesas
· 400 gr de macarrão ou de macarronete
· Sal e cominhos q.b.
Azeite (facultativo)

Preparação:
De véspera ponha o grão de molho e, depois de escorrido, coza em abundante água temperada com sal juntamente com a carne de vaca. Quando o grão começar a ficar macio, junte o toucinho, o chouriço, o entrecosto e a galinha, e deixe cozer.
Retire todas as carnes e no seu lugar introduza as batatas descascadas e cortadas em cubinhos, as cenouras em rodelas e a couve esfarrapada.
Alguns minutos depois de estes legumes começarem a cozer junte a massa. Rectifique o tempero.
Entretanto, corte as carnes em bocados e volte a introduzi-las na panela.
O rancho deve ficar com bastante caldo, pelo que se deve juntar mais água sempre que for necessário.
Sirva polvilhado com cominhos e há quem adicione também um pouco de azeite.


RANCHO (III)

Ingredientes:
· 2 cebolas médias picadas
· 1/2 chouriço de carne
· 1/2 morcela
· 600 grs de entrecosto
· 2 dentes de alho picado
· 300 grs de grão de bico
· 4 colheres de (sopa) cheias de polpa de tomate
· 100 grs de toucinho entremeado
· 2 dl de vinho branco
· 1 folha de louro
· 1/2 couve lombarda
· 250 grs de massa cotovelos
· 1 raminho de salsa
· 1 dl de azeite
· sal e pimenta ou piripiri q.b.
· caldo de carne q.b.

Preparação:
Ponha o grão de molho de véspera. De véspera salpique o entrecosto cortado aos bocados e o toucinho inteiro com sal. No dia seguinte ponha o grão a cozer. Faça um refogado com a cebola os alhos picados o azeite a folha de louro e o toucinho inteiro. Junte depois os pedaços de entrecosto passados por água. Deixe alourar mexendo de vez em quando sem deixar queimar. Junte depois a polpa de tomate misturado com o vinho e o chouriço de carne. Coza a morcela à parte durante 10 minutos. Tape o tacho e deixe suar um pouco 2 minutos adicione cerca de 2 dl de caldo de carne, para a carne ir estufando em lume moderado. Se for necessário acrescente mais um pouco de caldo de carne. Logo que a carne esteja quase cozida, junte a couve lombarda cortada aos bocados e a água de cozer o grão, retire o chouriço e o toucinho que devem estar cozidos e deixe ferver cerca de 10 minutos. Junte a massa mexa e junte mais um pouco da água de cozer o grão ou caldo até cobrir, e deixe ferver 5 minutos, junte o grão mexa com cuidado e deixe apurar 10 minutos. Por fim verifique se está tudo cozido, rectifique os temperos e sirva decorado com rodelas de chouriço e morcela fatias de toucinho e polvilhado com salsa picada.


RANCHO (IV)

Ingredientes:
· 400 gr grão
· 2 lombardos
· 1/2 galinha
· 400 gr. carne vaca
· 300 gr. cabrito
· 1 orelha porco
· 1 farinheira
· 1 morcela
· 1 chouriço
· 1 ovo cozido inteiro
· 150 gr toucinho entremeada
· 200 gr massa manga-de-capote
· 4 cenouras
· Pão duro caseiro
· Hortelã
· Sal
· Pimenta

Preparação:
Deixa-se o grão de molho e coze-se. Depois, na água do grão, cozem-se as carnes e o lombardo. Entretanto cozem-se a morcela, o chouriço e a farinheira. Quando estiver tudo cozido, misturam-se os caldos. Tira-se uma parte desse mesmo caldo e coze-se a massa, as cenouras, a hortelã e o ovo inteiro bem lavado. O resto do caldo é servido com fatias de pão. As carnes devem ser servidas cortadas aos bocados, juntamente com a massa, as cenouras e o ovo às rodelas.


RANCHO (V)

INGREDIENTES
· 200 g grão
· 3 batatas
· 1 cebola
· 1 alho
· 1 malagueta
· 1 c. chá colorau
· 70 g azeite
· 440 g vitela
· 1 chouriço ou linguiça
· 100 g presunto
· 1200 g água
· 150 g massa cortada
· Sal e hortelã q.b.


Preparação:
. De véspera coloque o grão de molho.
. Descasque as batatas, corte-as aos cubos e reserve.
. Coloque no copo, a cebola, o alho, a malagueta, o colorau, o azeite e programe 5 Seg. Vel 5. De seguida programe 5 Min. Temp. 100º Vel 1.
. Junte a carne, o chouriço, o grão escorrido, o presunto, a água e programe 30 Min., Temp 100º, Colher inversa, Vel 1.
. De seguida, junte a massa, as batatas, o sal e programe 15 Min., Temp. 100º, Colher inversa, vel 1.
. Sirva de imediato com a carne cortada em cubos e polvilhe com folhas de hortelã.

DICA
O rancho deve ficar com bastante caldo, pelo que se deve juntar mais água sempre que for necessário.





E pronto! Boa ranchada!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO, 15 de AGOSTO, SÁBADO, FERIADO NACIONAL (I)

Caros associados e amigos,

Aproveitando o período de férias e com estas a estadia na aldeia de muitos amigos e familiares que por esse mundo labutam, vamos realizar um almoço de confraternização no dia 15 de Agosto, feriado nacional (e "Dia Santo");

Até lá dar-vos-emos mais notícias. Vamos tratar do programa e da ementa!
Entretanto, ficamos gratos àqueles que contam estar presentes que no-lo informem (sem qualquer responsabilidade ou compromisso) apenas por questões de logística, e com isso as "falhas" poderem ser minoradas, porquanto as portas estarão abertas (apareçam!) a todos que nesse dia se queiram juntar a nós.

Saudações associativas,

AJS.


Contactos:
Email: acra-ec@sapo.pt;
Telefone: 278248127.
Endereço Postal: Rua da Escola, n.º 76-B (Edifício da Antiga Escola Primária) Vale de Juncal, 5370-010 ABAMBRES MDL

15 de Agosto, dia da Assunção de Maria:
É a solenidade da Igreja Católica referente à elevação de Maria em corpo e alma à eternidade, para junto de Deus, de forma definitiva
.

domingo, 28 de junho de 2009

VINHAS ATÉ 1.000 m2 ISENTAS DO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO

Portaria n.º 974/2008, de 01 de Setembro. Legalização das Vinhas.

Demos aqui conta que, até 30 de Junho do corrente ano, decorre o prazo para legalização das vinhas de conformidade com Portaria n.º 974/2008, de 1 de Setembro.

Todavia, através de comunicação do Ministério da Agricultura, datada de 19 de Junho corrente, esclarece-se que, nos termos da referida Portaria, tal obrigação só se verifica para vinhas com área superior a 1.000 m2.;

Mais esclarece aquele documento que tal isenção se aplica a todas a vinhas com área até 1.000,00 m2 independentemente no ano da sua plantação.

Leia aqui o comunicado, de 19 de Junho, do Ministério da Agricultura

quinta-feira, 25 de junho de 2009

PORQUE MORREM AS OLIVEIRAS EM TRÁS-OS-MONTES?


Organizações do sector atribuem a efeitos das geadas, mas há também quem fale em doença ou num vírus (in "Espigueiro, Central de Informações Regionais")
Quantifica-se em mais de 1.000 hectares a área de olival atingido e 200.000 oliveiras em produção foram "vitimizadas"!


Desde Novembro de 2007 que, nesta região, vimos assistindo à morte de muitos milhares de oliveiras.
Embora se atribua a causa às geadas extemporâneas ocorridas no princípio daquele mês de Novembro de 2007, o certo é que, algumas entidades atribuem também a causa a outras doenças ou, até, a vírus ainda não identificados.
Afirmam as entidades responsáveis e associações do sector da olivicultura que a área atingida é superior a 1.000 hectares de olival em produção, com mais de 200 mil oliveiras "vitimizadas".

É um cenário triste aquele que diariamente observamos, especialmente na nossa aldeia. Em vez de frondosos olivais, viçosas e "corpulentas" oliveiras, em vastas áreas (principalmente nos terrenos mais abrigados ou baixos), apenas vemos paus secos ou, ainda, alguns troncos cortados "pelas cruzes" tentando sobreviver!

Embora nos últimos anos tenham sido plantados muitos hectares de olival novo, com a morte de todas aquelas árvores em plena produção, verificamos uma estagnação na produção de azeitona nesta região, e assim em vez das expectáveis 120 mil toneladas por ano as últimas colheitas terão rondado apenas as 80 a 90 mil.
Todavia, estima-se que também do olival novo, mais de cinco mil hectares se perderam e as árvores mais velhas só produzirão dentro de aproximadamente cinco anos.

Tivemos conhecimento de que, a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro tomou recentemente a iniciativa de solicitar a especialistas académicos colaboração para estudar o caso, tendo, para o efeito, promovido parecerias com a Escola Superior Agrária de Bragança do Instituto Politécnico e a Universidade de Trás-os-Montes, no âmbito das quais, técnicos destas instituições do ensino superior "estão a avaliar a situação na tentativa de se descobrir a causa da mortandade."



Importa sublinhar, e para se poder avaliar da importância deste fenómeno, que estamos numa região onde se produzem dos melhores azeites do mundo tantas são as distinções com que este "nosso produto" tem sido distinguido e premiado por todo o mundo tal como temos o privilégio de constatar.
Oxalá sejam produzidas conclusões atempadas e não mais voltamos a assistir à morte generalizada de tantas tão nobres árvores.


Consulte ainda: Link para recortes IPB

terça-feira, 23 de junho de 2009

EMPRESÁRIOS EM NOME INDIVIDUAL E TRABALHADORES INDEPENDENTES

- EMPRESÁRIOS EM NOME INDIVIDUAL E TRABALHADORES INDEPENDENTES dispensados da entrega da Declaração Anual (IES);

As recentes alterações ao CIVA (Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado), introduzidas pelo DL 136-A/2009, de 5 de Junho, vieram dispensar estes contribuintes, quando tributados pelo Regime Simplificado de IRS, da entrega da declaração de Informação Empresarial Simplificada "IES" (Anexo L e outros aplicáveis), e instrui-se ainda no sentido da anulação dos processos de contra-ordenação instaurados por incumprimento dessa obrigação relativa a anos anteriores.

As pessoas que exerçam uma actividade por conta própria (v.g., empresários em nome individual e profissionais “a recibos verdes”) estavam obrigados à entrega, além da declaração de rendimentos (Modelo 3 e anexo B ou C) também da declaração anual “IES”, nos termos do art.º 113.º do CIRS e al. d) a f) do n.º 1 do art.º 29.º do CIVA

Verificava-se esta obrigação não só para contribuintes que dispõem de contabilidade organizada como também para os do Regime Simplificado quando sujeitos passivos do regime geral do IVA, através da entrega do Anexo L (recapitulativo das operações, activas e passivas, sujeitas a IVA) e, eventualmente, dos anexos “O” e “P” (recapitulativo de clientes e fornecedores, respectivamente, com os quais tivessem efectuado durante o ano transacções de valor superior a 25.000,00 euros).

A Administração fiscal detectou um grande número destes sujeitos passivos em situação de incumprimento (falta entrega da IES) relativamente aos últimos anos, principalmente contribuintes a “recibo verde” sujeitos passivos de IVA, os quais se obrigavam à entrega de, pelo menos, o anexo L.
No seguimento, foram notificados milhares de contribuintes por faltas relativas aos anos de 2006 e 2007, e instaurados os correspondentes processos de contra-ordenação, os quais deram lugar a coimas, algumas delas anuladas, nomeadamente quando as declarações em falta foram entregues até 31 de Janeiro de 2009.

Todavia, veio agora o Ministério das Finanças, através do Decreto-Lei n.º 136-A/2009, alterar as alíneas d), e) e f) daquele art.º 29.º do CIVA.
Com efeito, com esta alteração do normativo, ficam os sujeitos passivos empresários em nome individual, ou profissionais a recibo verde, quando tributados em sede de IRS pelo regime simplificado, desobrigados da entrega da referida declaração, o tal anexo L (recapitulativo para efeitos de IVA) e dos mapas recapitulativos de clientes e fornecedores (anexos “O” e “P”).
Mais adianta o Ministério das Finanças, no comunicado à imprensa divulgado em 05 de Junho, que serão anulados todos os processos de contra-ordenação em curso, entretanto instaurados.


Porque, pensamos ser do interesse de muitos contribuintes e como tal, relevante em geral, deixamos o registo.

Saudações Associativas,
Aníbal José de Sousa.

Nota:
Esta mensagem, meramente informativa, é produzida sem responsabilidade nem garantia, e reproduz apenas a opinião do seu autor face à leitura dos documentos referidos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Estrada Nacional 315, AFINAL QUE REQUALIFICAÇÃO?!

Anunciadas que foram as obras de reparação e requalificação da Estrada Nacional 315, no troço que liga Mirandela a Rebordelo, subsistem as dúvidas quando ao tipo de intervenção que será realizada.

Esta estrada atravessa a nossa aldeia (Rua de S. Sebastião) e o seu estado, em todo aquele troço está, de facto, muito mau.

Quando por aí ouvimos falar em TGV e outras coisas megalómanas, por cá só nos chegam noticias controversas de cortes: cortes nas verbas, cortes nas obras inicialmente a concurso, cortes no financiamento, cortes nos equipamentos, cortes de...
tais como:
"Requalificação de estrada Rebordelo - Mirandela com orçamento reduzido a metade ... A reabilitação da Estrada Nacional 315 entre Rebordelo e Mirandela não ...", etc. etc..!
Afinal, pelo que vamos lendo, teremos pouco de requalificação e, apenas, alguma coisa de reparação, mas para quando, afinal?!

Publicação em: Diário de Bragança
Outras pesquisas: No google

terça-feira, 16 de junho de 2009

S.O.S. INSTALAÇÕES !

S.O.S. Instalações! Ou...
FILHOS DE UM DEUS MENOR?!


Neste espaço temos dado conta de algumas das actividades desta associação, bem como dos equipamentos disponíveis aos nossos associados e população em geral, cujo trabalho é realizado num edifício (antiga escola primária) que, desde há alguns meses nos foi cedido e que está em risco de, um dia destes, ficar sem tecto, ou de, os pés, de quem por ali vai pisando, escorregarem pelos buracos do soalho:



em que as casas de banho não têm electricidade (à noite “tudo” tem de ser feito “lá no canto” ou “para a parede”, coisa que nos envergonha perante as visitas!!!)




sem vedações, sem portões,



Lastimável o estado de conservação deste edifício!
Atente-se, todavia na "criatividade" dos nossos associados e no notável trabalho de "engenharia civil" propiciado por esta solução para tapar os buracos do soalho, todavia, com isto (fita adesiva) ficamos privados do privilégio de assistir e ouvir as corridas e festanças barulhentas das ratazanas omnipresentes:




e os acessos nem iluminação têm (!),


mas onde, teimamos, “construiremos” uma verdadeira “Casa da Aldeia.”


Escreveríamos agora sobre equidade e outras coisas mais, de apoios ás colectividades e de outras que nesse âmbito "por aí" vão acontecendo, realidades que, comparadas com o que nos tem sido propiciado e ainda com o que temos vindo a executar, não só nos proíbem de permanecermos indiferentes como, pior, transmitem-nos o incómodo de nos fazerem sentir ainda menos considerados do que aquelas ratazanas de que acima vos falamos!
Afinal, nem aqui, onde até finados ou nado mortos se elencam, existimos!!! Sabe-se lá porquê!

Um dia destes falar-vos-emos nesta questão ou ... deixem-nos ainda acreditar que irá ser feita justiça.

Saudações Associativas.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

13 de JUNHO, FOI A SARDINHADA DOS SANTOS POPULARES

Cerca de uma centena de convivas estiveram na nossa Associação no passado sábado, dia 13 de Junho.
Foi muito gratificante propiciar a todos estes nossos conterrâneos, associados e amigos que nos visitaram, e com eles partilhar, umas horas de salutar convívio.
Trouxemos as sardinhas, as febras, o caldo verde, não faltou o tinto e mais qualuercoisita que se arranjou!

Os grelhadores em plena labuta:


Dos mais jovens aos menos jovens, chegou para todos, não só o repasto como a evidente boa disposição:



Um abraço.
AJS.

sábado, 13 de junho de 2009

A FONTE DO FREIXO

Assim está a "nossa" Fonte do Freixo!

Há algum tempo deixamos, neste espaço, uma mensagem a "quem de direito" (qual grito de monumento condenado) acerca do estado deste património, onde dissemos:

"Ó senhor Presidente da Junta... peça lá uma ajudinha ao Município e mande dar uma "desafrontadela" à Fonte do Freixo e aos acessos à mesma, não é que o caminho faça falta para ir à fonte buscar água mas faz falta para acesso às propriedades agrícolas.
Além disso uma "cara lavada" fica bem, o monumento merece e o povo.."


Na parede frontal, sobre a entrada da fonte, esculpido na pedra lê-se "Construída a expensas do povo de Vale de Juncal..."


Claro que a Fonte do Freixo assim continua, hoje como ontem...
Diremos nós que isto são "orelhas moucas aos protestos das populações e olhos cegos à evidência que a todos choca."



Esta, a capela da aldeia, não sabemos quem construiu, mas sabemos que a sua reconstrução, em boa parte, foi a "expensas do povo de Vale de Juncal" ou, se assim não fosse, já teria ruído !




E esta?! Quanto tempo mais o tecto aguentará? .. o tecto e não só!


A propósito, um dia destes vou deixar-vos umas fotos muito interessantes, testemunho da criatividade de alguns dos nossos associados, onde se revela como resolveram (taparam) os buracos do soalho! Rapazes, já agora, arranjem solução para o tecto e... "outros"!!!

Diremos nós, que isto são também "... orelhas moucas aos protestos das populações e olhos cegos à evidência que a todos choca."

Bom fim de semana!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

SARDINHADA / CHURRASCADA, PRÓXIMO SÁBADO dia 13 de JUNHO

PARA RELEMBRAR !!


É só aparecer pelo fim da tarde,





O grelhador está afinado... e o tempero pronto!



todavia, a obra vai ficar bonita,




Carne, ou peixe...



A luta é com a brasa!




Nós cá estaremos!



Para ninguem se esquecer!



E da pipa, mas só.... na "conta certa" !



Pronto! Até sábado.., ao fim da tarde!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DO BAÚ DAS MEMÓRIAS

Fetche Fassa Fabor!

Ainda punha a biqueira do desbotado sapato na soleira da porta e nem ao nariz me haviam chegado sequer aqueles aromas a tinto, aguardente, cerveja e sardinhas assadas, e já ouvia o vozeirão roufenho do Chico Molas: "Ó SSilba, fetche fassa fabor!"

Lá iam também, em direcção ao balcão, o Esquim das Cenouras ( que anda desiludido com a colheita dos transgénicos que em tempos preferiu às cenouras) e a D. Ricardina, esta em passo tipo robocock, ambos de sorriso forçado procurando cativar simpatias para o próximo concurso a regedor da freguesia, quando nisto,a meio caminho, ouvimos o Esquim das Cenouras: "Ó SSilba, fetche fassa fabor!"
E logo de seguida o tilintar da máquina de calcular mental do Silva: "0,50 mais 0,35, são 0,85 cêntimos Esquim. "

Isto começou já lá vão umas décadas. Longe também vão esses tempos em que cá na terrinha se colhia o trigo e o centeio. A cada início de Verão as aldeias do concelho eram invadidas por grupos de segadores que andavam à procura de ganhar umas "jeiras", já que as condições de vida eram particularmente difíceis e as pessoas com menos recursos tinham de agarrar-se aos trabalhos mais árduos.

O Silva, ainda rapaz novo, letrado para a época, 4.º ano feito e a caminho de fazer o 5.º lá no liceu da vila (e não ia parar por ali!), dizia-se também que não só gostava da escrita como também que tinha muito jeito para as contas. Rapaz do boas vontades, muitas cartas ele escreveu às velhotas da aldeia, para o filho na África, para o irmão do Brasil, etc.!

Um dia, chegou à terra um rancho de segadores. Um deles, rapaz novo, cara vermelha e olhar vivaço, recomendado por uma vizinha, vai ter com o Silva para que lhe escrevesse uma carta à namorada. Obviamente que o nosso amigo se apressou a dizer que sim! Ai não, ora, ora, carta à namorada!!! Ah, Ah!, o Silva, malandreco, esfrega as mãos... já aguçando a curiosidade quanto às confidências, saudades, e sabe-se lá que segredinhos mais, o rapaz iria “mandar dizer” à namorada.

Folha de papel na frente, esferográfica apontada à primeira linha. Pode começar, diz ansioso o Silva:
Meu amorzinho...
Sim, continue...
... cá stou, cá m’acho...
Já está. Mais... pede o Silva.
... enquanto por cá andar...
Sim.... mais...
... sou sempre o mesmo.
Já escrevi, continue... o Silva cada vez mais ansioso.
Fetche fassa fabor!
Como? Pergunta o Silva.
Fetche fassa fabor!
Então, não escrevo mais nada, só isto...?
Sim, fetche fassa fabor!

Passaram os anos, o Silva depois de uma vida de muito trabalho mas também, diga-se, muitos êxitos profissionais, mudou-se aqui para a aldeia e como bom amigo, amuidadas vezes por aqui vem dar uma mãozinha. Nem imaginais a cachola com que ficou quando um dia o Chico Molas apareceu com esta ! Certo é que a moda pegou! Fetche fassa fabor!

E hoje, quando alguém por cá, depois de servido e se quer ir embora, é normal pedir a conta berrando pró Silva: "Ó SSilba, fetche fassa fabor!"

Zé dos Anjos.

Nota:
Com este texto, adaptado do seu original, o autor pretende retratar a vida da aldeia (no social e na labuta desta época que era das segadas) de há cerca de 50 anos, não sei se, minimamente, o conseguiu!
Todavia, o texto supra, que contém, ainda, relativamente ao original, um pouco de fantasia inspirada no "contemporâneo", é pura ficção e qualquer semelhança com a realidade, ou personalidades reais, é pura coincidência!

Um abraço.
Até Sábado!
Aníbal José de Sousa

sexta-feira, 5 de junho de 2009

JOÃO JACINTO, da AUTOBIOGRAFIA ao ARTESÃO

João dos Santos Jacinto: Reformado, Artesão



A propósito da publicação da sua autobiografia ("DURO DE ROER") da qual, recentemente, aqui demos conta, referimo-nos na ocasião ao talento multifacetado deste nosso ilustre conterrâneo (por adopção!), e caríssimo associado n.º 18, João dos Santos Jacinto "JJ".
A esse propósito escrevemos:

"...sublinhar o talento do "Jota Jota" ... para a arte do artesanato, especialmente o trabalho em latoaria, autênticas obras de arte, maravilhas que já chegaram aos quatro cantos de Portugal e além fronteiras! Um dia destas trazê-las-emos a este espaço"

De facto, são imensas as peças produzidas por este artesão de "horas vagas", todavia pelas obras produzidas certamente as "horas vagas" são escassas(!) predominando os utensílios tradicionais da região, desde a candeia de azeite, ou petróleo, às máscaras dos caretos, passando pelas "carretas" até aos carros de bois, entre muitos outros.



Recentemente o João Jacinto, em homenagem à sua terra natal, entregou ao Palácio Nacional de Mafra, uma réplica de carro puxado por bois, transportando o sino dos carrilhões do Convento de Mafra, por si construído especificamente para o efeito, e de cuja peça aqui (acima) inserimos foto.


Contínua "JJ".

Saudações associativas.
Pel'ACRA-EC
Aníbal José de Sousa

sexta-feira, 29 de maio de 2009

NO DIA 13 DE JUNHO, CHURRASCADA E SARDINHADA DOS SANTOS POPULARES

SARDINHADA DOS SANTOS POPULARES: 13 de JUNHO, FIM DA TARDE

No próximo sábado, dia 13 de JUNHO , pelo fim da tarde, realizar-se-á mais um LANCHE convívio para o qual contamos com a presença de todos os associados e ex.mas famílias bem como de toda a "gente", em geral, que connosco queira partilhar umas horas de boa disposição e boa merenda!

Da ementa constará:
- Caldo Verde;
- Sardinhas assadas;
- Carne de porco na brasa;
- Pão;
- Bebidas (sumos, vinho, águas);
- Café;
... e, como sempre, mais qualquer coisita que se arranje!

Contamos com a presença de todos.
Para uma boa logística pedimos que, se possível, façam as vossas inscrições (ou nos comuniquem por qualquer via) até às 22.00 do dia 11 de Junho (Quinta-feira) na sede da Associação (edifício da antiga Escola Primária).,

QUE NINGUÉM FALTE!

Nota:
A comparticipação financeira é a (mesma)"do costume".!!

Saudações associativas.

Pel'ACRA-EC,
Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo.

Relembrando, os contactos da Associação:

Endereço postal
Rua da Escola, 76-B
Vale de Juncal 5370-010 ABAMBRES MDL

Email
acra-ec@sapo.pt

Telefone
278248127

quarta-feira, 27 de maio de 2009

LEGALIZAÇÃO DAS VINHAS, ATÉ 30 DE JUNHO DE 2009

Após referência à "Lei da Água" de que demos conta na nossa mensagem anterior, vimos, através desta, relembrar outra importante obrigação à qual, pela escassez de prazo e penalizações enormes, urge dar cumprimento.

Trata-se Portaria n.º 874/2008, de 1 de Setembro que instrue quanto à legalização das vinhas.

Com efeito, esta Portaria aplica-se a todo o território nacional, incidindo sobre todas as parcelas de vinha que tenham sido plantadas sem autorização, considerando-se, por tal facto, uma vinha ilegal.
Transcrevemos um breve extracto da Portaria em apreço, à qual recomendamos leitura integral.

Diz o n.º 1 do art.º 2.º referido normativo:
"1 — As vinhas plantadas após 31 de Agosto de 1998, sem um direito de plantação correspondente, devem ser arrancadas pelo produtor ou pelo proprietário da parcela, no caso de este se encontrar na posse da vinha, a expensas suas, no prazo de dois meses após a notificação do Instituto da Vinha e do Vinho, I. P., adiante designado por IVV, I. P.,para o efeito."

E o n.º 2 do mesmo art.º 2.º:
"2 — As vinhas plantadas antes de 1 de Setembro de 1998, sem um direito de plantação correspondente, devem obrigatoriamente ser regularizadas, pelo produtor ou pelo proprietário da parcela, no caso de este se encontrar na posse da vinha, no prazo fixado no artigo 3.º"

e o art.º 3.º, estabelo o prazo:
"Apresentação dos pedidos de regularização.
Os pedidos de regularização de superfícies de vinhas plantadas antes de 1 de Setembro de 1998 devem ser apresentados até 30 de Junho de 2009, nos serviços das direcções regionais de agricultura e pescas, adiante designadas por DRAP, da área onde se situam essas superfícies
"

Taxas de legalização (art.º 4.º):
"As a que se refere o n.º 2 do artigo 2.º da presente portaria é aplicada, para efeitos da sua regularização, uma taxa no valor de € 2000/ha."

Sanções (art.º 5.º):
"...é imposta uma sanção administrativa compulsória, a aplicar por períodos sucessivos de 12 meses, no valor de € 12 000/ha, até que se verifique o arranque..."

"...as plantações ilegais anteriores a 1 de Setembro de 1998, que não tenham sido regularizadas de acordo com a presente portaria e não tenham sido objecto de arranque, nos termos do n.º 3 do artigo 2.º, ficam igualmente sujeitas à aplicação da sanção compulsória prevista no n.º 1."

Então, se bem entendemos o que lemos, as vinhas que foram plantadas após 31/08/1998 terã de ser, obrigatoriamente, arrancadas (!!!??!), a expensas do próprio agricultor, no prazo de 2 meses após a notificação do IVV, sob pena de multa anual de 12.000 euros/ha, até que se verifique o seu arranque.

A obrigação de legalização aplica-se a todas as plantações e todas as castas, excepto "vinho americano" (que não podem ser legalizadas).

O produtor terá de suportar uma taxa de 2.000 euros por ha de vinha a legalizar!!!.

Pensamos que as Delegações do DRAPN estarão em condições de prestar todas as informações sobre os trâmites para cumprimento desta obrigação.

Porque vivemos no meio rural onde a agricultura "ainda" faz parte da vida de muitos dos nossos concidadãos e associados, entendemos oportuno referir esta Portaria.

Saudações Associativas.
Pel'ACRA-EC
Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

LEI DA ÁGUA ("LEI DOS POÇOS"): ADIADA LEGALIZAÇÃO ATÉ 31 DE MAIO DE 2010

31 de Maio de 2010 é o novo prazo limite para a legalização dos poços.

O Decreto-Lei 226-A/2007, DR de 31 de Maio, manda que, quem seja proprietário ou arrendatário de poços, furos, noras, minas, charcas, barragens, açudes e fossas é obrigado a legalizá-los.

Segundo aquele Decreto-Lei, o prazo para cumprimento dessa obrigação decorre até 31 de Maio de 2009.
Todavia só muito tardiamente entraram em funcionamento os serviços públicos receptores, e também já muito tarde os destinatários desta lei se aperceberam da abrangência da mesma e nem sempre da forma mais esclarecedora, de tal jeito que houve necessidade de alargamento do prazo limite para 31 de Maio de 2010, isto é, por mais um ano.

Segundo consta , a avaliar pelo que temos ouvido e lido, o processo é algo burocrático. Importa todavia que, quem se obrigue ao cumprimento deste normativo o faça atempadamente, pois, pelo que da lei consta, as coimas são elevadas, entendemos até que, para a generalidade dos casos (domésticos e pequenas explorações), serão exageradas.

A comunicação social tem produzido algumas noticias sobre este assunto, acusando o processo de burocrático, pouco claro e ambíguo, e até, susceptível de cultivar política de denuncia, outros, ainda, relatando algum inconformismo e descontentamento das populações perante esta lei.

Espera-se agora que as Administrações da Região Hidráulica disponibilizem informação eficiente e que, também, os nossos concidadãos não deixem de novo para a última hora!

Fica a informação.


Saudações Associativas.
P'ela ACRA-EC
Aníbal José de Sousa
Presidente Conselho Directivo

terça-feira, 19 de maio de 2009

DO BAÚ DAS MEMÓRIAS

A Pescaria do Sr.Toninho

O Sr. Toninho era um apaixonado pela caça e pela pesca, aquele viciado mesmo...

Não consta, contudo, que numa ou noutra, a sorte o bafejasse. Se calhar era mesmo questão de jeito.

São muitas as façanhas e insucessos que, em tais artes, dele se contam, como, por exemplo, daquela vez em que, com a sua pombeira calibre 16, lhe salta dos pés um enorme bando de perdizes – naquele tempo ainda as havia! - e ele, meio assustado e muito atrapalhado, grita para os companheiros:
“A qual atiro, a qual atiro?”
“Ó home atire ó mêo do bando, depressa”!

Disparar, disparou.... os dois cartuchos daquela canos longos, quase peça de museu, mas para onde ninguém percebeu porque as avezinhas continuaram o seu voo apressado e sem moléstia!

O Sr. Toninho foi um comerciante cá no burgo, muito conhecido e respeitado, era visto como homem de bons haveres, tinha escritório, loja e vários armazéns. Homem de fino trato e, também, muito poupado, raramente nos visitava, no entanto foi visto por cá umas duas ou três vezes, não se sabe bem se para se certificar da qualidade do café da máquina nova (bons tempos!), tirado com mestria pela barulhenta funcionária, ou se rendido ao peito atrevido e ancas roliças da mesma.

Era um homem de palavra mas demasiado crédulo e tido até como algo ingénuo, condição de que, diz-se, alguns se aproveitavam e de onde resultaram também umas boas histórias.

Contava o Chico Molas, serralheiro com oficina mesmo em frente, que um dia estava o Sr. Toninho à pesca, ali abaixo na margem do rio... e o raio do peixe nem sequer picava. Dos barbos, escalos ou bogas, nem um sinalzinho lá no anzol.

Verificou, admirado, que o companheiro do lado tinha feito uma boa pescaria. Curiosidade óbvia:
-Óh amigo, caramba, pelo que vejo hoje isso correu-lhe bem!
-De facto não tenho razão de queixa!
-Que isco utilizou? – Quiz saber o Sr. Toninho.
-Olhe trouxe grilos Sr. Toninho, gastei agora o último.
-Grilos? mas eu também estou com grilos e nem um peixinho!
-Pois, se calhar o Sr. Toninho trouxe os grilos vivos, eu queimei-lhes as cabeças, tá a ver como resulta e que difrença!
-Olhe que d'essa não sabia, na verdade, na verdade .... para a próxima vou experimentar!

Vai daí que no sábado seguinte, encomendados os grilos ao fornecedor habitual e recebidos estes, chama pelo Chiquinho, marçano mor lá do comércio, e manda:
-Chiquinho, vais ali à serralharia do Chico Molas queimar a cabeça dos grilos!
É lá foi o Chiquinho .... !!!

Do resultado da pescaria não reza a história!

Mas aquele Chico Molas não cala mesmo nada!!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

DURO DE ROER, de JOÃO DOS SANTOS JACINTO



No passado sábado, dia 2009/05/02, a nossa biblioteca ficou mais rica.
Mais uma obra passou a constar das nossas prateleiras, mas desta vez uma obra muito especial.
Com efeito, no decorrer do lanche convívio fomos presenteados com dois volumes (1.ªs edições) da obra "DURO DE ROER", oferecidas pela mão do seu autor JOÃO DOS SANTOS JACINTO.

João dos Santos Jacinto, nosso associado (n.º 18) desde a primeira hora, é um Valedejuncalense por adopção. Aqui chegou, por "boas" razões familiares, há quase 40 anos, e por cá ficou.
Hoje, já reformado, surpreendeu-nos com a publicação desta obra (bibliografia) de fácil e cativante leitura, já em 4.ª edição. O Prefácio é de Hélia Correia.

Pelo seu punho escreveu em cada volume uma dedicatória a esta Associação, na qual também relembrou o saudoso Sr. Eduardo Canavez (ilustre conterrâneo que dá nome à nossa Associação). Citando: "Dezembro de 1969, cheguei a Vale de Juncal (...) conheci várias pessoas na aldeia, que me apresentaram o Sr. Eduardo Canavez. Sentado no alpendre da sua casa recebeu-me com um abraço (...) mais tarde conheci o seu filho Nuno, que me foi apresentado por um amigo (...). Não há palavras para falar de tal gente, não só honram Portugal (...) são um símbolo de Vale de Juncal"

Merece ainda sublinhar o talento do "Jota Jota" ("JJ" iniciais de João Jacinto, como os "mais próximos" o chamam) para a arte do artesanato, especialmente o trabalho em latoaria, autênticas obras de arte, maravilhas que já chegaram aos quatro cantos de Portugal e além fronteiras! Um dia destas trazê-las-emos a este espaço.

Parabéns "JJ". Ficamos à espera da próxima obra!
Contínua a surpreender-nos com a tua arte e o teu talento!
O nosso obrigado e um grande abraço.

Saudações Associativas,
P' ACRA-EC
Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

SÁBADO 2 de MAIO, HOUVE MERENDA!

Tal como prometido, Sábado, dia 2 de Maio, houve merenda!

Foi, sem dúvida, para nós Orgãos Sociais desta Associação, um fim de tarde (e de dia!) muito gratificante!
Assim, esperamos que também o tenha sido para todos quantos (mais de 6 dezenas) estiveram presentes.

Aqui "vão" algumas fotografias enviadas pelo nosso repórter improvisado.


Enquanto os convivas foram chegando, havia que ir preparando as brasas e afinar temperos!
O Silva tratou disso!

A prova do tinto coube ao Joaquim!


Enquanto isso, o pessoal foi petiscando e "activando" o apetite.



Bem instalados! Umas privilegiando o actualizar da conversa e outros de "armas" prontas para o ataque às "noticias" dos grelhadores (pelos vistos as "entradas" não seduziam este nosso amigo!)



Ah! Grande Frederico! Que vales por mil!
Houvesse "radar" nas proximidades e ainda levavas multa por excesso de velocidade!



















Aquele alí, de braço no ar (e não sei que mais!) estava a mandar um recado a alguém, penso que, aos 'Benficas' (Quique Flores e ou seus jogadores), provavelmente havia chegado a notícia do que haviam (não) feito lá para a Madeira! (Ó Mário, será que adivinhei?).










E agora, é tempo de vos deixar a ementa do repasto (para que ninguém falte para a próxima):

Aperitivo
Martini

Entradas
Queijos curados
Presunto
Fiambre
Camarão
Linguiça assada

Principal
Salsicha fresca e de churrasco
Picanha
Entremeada
Febras
Entrecosto/costelas
Pão
Batata frita

Bebidas
Vinho tinto
Água
Refrigerantes
Cerveja

Sobremesa
Pessego em calda
Abacaxi
Laranja
Gelados

Digestivo
Café ou Chá
Garrafa Whiski


Pronto! e é tudo! Em força para a próxima.

Foram muitos os testemunhos de apreço e estima que recebemos, a todos, queremos humildemente, agradecer a sua presença e retribuir tais manifestações de apreço.

Sem "menosprezo" pelo repasto, importa sublinhar que tudo valeu, sobretudo e principalmente, pelo calor humano e confraternização vividos e partilhados.


Com amizade.
Pel'a ACRA-EC
Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo

terça-feira, 21 de abril de 2009

LANCHE/JANTAR CONVIVIO NO DIA 02 DE MAIO

Caros associados,

No próximo sábado, dia 02 de Maio, pelo fim da tarde, vamos realizar um lanche/jantar convívio para o qual contamos com a presença dos srs. associados e ex.mas famílias bem como de toda a população, em geral, que connosco queiram partilhar umas horas de boa disposição e boa merenda!

A ementa incluirá:
- Churrasco de carnes várias;
- Pão;
- Bebidas (sumos, vinho, águas);
- Café;
... e mais qualquer coisita que se arranje!

Contamos com a presença de todos.
Para uma boa logística pedimos que façam as vossas inscrições até às 22.00 do dia 30 de Abril (Quinta-feira) na sede da Associação (edifício da antiga Escola Primária).

Saudações associativas.

Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

BEM-VINDOS! OS NOSSOS JOVENS!

Caros Associados,

É com muito agrado que constatamos a presença assídua dos jovens na sede da nossa Associação.
Para estes, sem dúvida, que o espaço de informatica e internet é o preferido. Esperamos com isso ter disponibilizado ferramentas que lhes possam ser úteis não só no âmbito do lazer como também nas suas vidas académicas e como tal, possamos ser apoio sério na sua formação social e escolar.

Também os mais idosos têm recorrido assiduamente a este espaço, de acordo com as necessidades e utilidade especifica de cada um, prova de que a informática não é exclusividade da juventude e, com isso testemunhamos que os meios virtuais são, cada vez mais, ferramenta de comunicação e informação de uso generalizado.

Interessante também a curiosidade e o uso já requerido, que os nossos associados têm dispensado à secção de biblioteca. Contamos, a curto prazo, melhorar substancialmente esse espaço, enriquecendo-o com mais algumas obras.

Saudações associativas.
Um abraço,
Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo

Notas:
Foto: Obtida no dia 12/04/2009 (dia de Páscoa)
Desenho: do Associado n.º 22.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A NOSSA SEDE SOCIAL JÁ ESTÁ AO DISPOR DOS ASSOCIADOS

Informamos os nossos estimados associados que, após a aquisição de algum equipamento entendido como indispensável, já se encontram ao vosso dispor as instalações da associação, onde para já, além do espaço lúdico e de convivio, bem como de outras iniciativas de cariz recreativo, cultural e ambiental que temos em curso ou em estudo, dispõem os associados ainda de:
- Televisão com assinatura de Sport Tv e outros;
- 2 Computadores;
- Internet através dos dois computadores disponíveis;
- Biblioteca já com algumas centenas de obras.
Participai, a vossa presença é o melhor prémio para o nosso esforço.

Saudações associativas.

Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo

Ilustração (desenho com animação) de autoria do Associado n.º 22.

sábado, 4 de abril de 2009

PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2009 E RELATÓRIO E CONTAS DE 2008 APROVADOS POR UNANIMIDADE


Realizou-se ontem, dia 04 de Abril de 2009, pelas 18.00, a Assembleia Geral desta associação tendo em vista a apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2009 e o Relatório e Contas do Exercício de 2008, nos termos da ordem de trabalhos constante da convocatória do sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral, datada de 07 de Março de 2009.

Ambos os documentos foram aprovados por unanimidade.

No decorrer do acto o Presidente do Conselho Directivo explicou aos presentes, de forma sucinta, os principais traços orientadores do Plano de Actividades e Orçamento para o ano em curso e, face a estes, a avaliação daquele Órgão quanto aos rendimentos e aos gastos prospectivados.

Relativamente ao Relatório e Contas do exercício de 2008, foram sublinhados os factos que ao longo do ano mereceram registo, bem como do evoluir da situação económica e financeira de instituição.
Oportunidade ainda para o Presidente do Conselho Directivo sublinhar da importância da Assembleia Geral na sua condição de reunião magna, tanto pela aprovação do plano de actividade que foi proposto como, também, porque prestar contas é um acto indispensável ao bom funcionamento das instituições e aferidor do cumprimento das tarefas que, pelo plano de actividades, ao executivo foram conferidas .

Um reparo que, pela negativa, mereceu nota e que, nem por se tratar de dia de trabalho para muitos dos "convocados" pode deixar de ser referido, foi a fraca presença de associados, pois não mais do que 6% dos sócios registados estiveram presentes. Se de uma primeira leitura destes números, tal facto, resulta como voto de confiança aos órgãos sociais, por outro lado, podemos também entendê-lo como revelador do alheamento daqueles face às responsabilidades e obrigações directivas.

Saudações Associativas.

Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo




Desenho do associado n.º 22

PRAIA FLUVIAL, QUE FUTURO?

Segundo informação constante do site do Município de Mirandela foram postos a concurso os trabalhos de intervenção na "Praia Fluvial de Vale de Juncal e Envolvente".
Constata-se, pela leitura do documento, que o prazo de execução da obra será de 6 meses e, embora se identifique o empreiteiro adjudicatário e mais se informe que a abertura de propostas ocorreu em 06/1/2009, o competente contrato de adjudicação ainda não foi celebrado, disto flui que, seguramente, tais trabalhos já não serão realizados para este verão.

Também a revista Proteste, deste mês de Abril, publica o resultado de uma "investigação anónima" realizada, em Agosto de 2008, a 30 praias fluviais nacionais.
É com agrado que registamos a óptima classificação obtida pela nossa praia (+Bom). Dos vários itens utilizados para a avaliação destaca-se a qualidade da água que mereceu um Muito Bom.

Com a realização das prometidas obras é expectável que as actuais condições sejam substancialmente melhoradas, designadamente, no âmbito dos serviços de apoio, WC melhorados, chuveiros, primeiros socorros, arborização e pavimentação das zonas envolventes, estacionamento, acesso a utentes de mobilidade reduzida, etc. (serão alguns destes trabalhos constantes das obras a concurso? Esperamos que sim).
Pena é que ainda tenhamos de esperar mais um ano para ver tais obras e, porque estas ainda vão demorar, esperamos que, entretanto, os nossos autarcas não se esqueçam de um arranjo mínimo daquele espaço para este verão.

A gente agradece.

Ah! e o edifício da antiga escola primária?! ... decerto que a conservação do mesmo não pode ser orgulho dos nossos autarcas! E vê-se por aí tanta obra em edifícios dessa natureza e, diga-se, nem todos tão bem usados como o nosso!!!
Pela nossa parte fazemos tanto (ou mais) quanto podemos! Mas a população da aldeia merece mais!

Saudações Associativas,

Aníbal José de Sousa
Presidente do Conselho Directivo